A maldição da série “Glee” vista pela Astrologia

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A Astrologia poderia explicar o que vem sendo conhecido como “a maldição de Glee”? A serie teve seu episódio piloto transmitido em 19/05/2009 e foi um sucesso que durou 6 anos. Seu mote era a de um professor de língua espanhola do Ensino Médio que tomava para si a tarefa de restaurar – e fazer brilhar – o coral da escola, mas que, com seu entusiasmo e conhecimentos musicais, foi muito além disso, trabalhando o lado cantor e performático de seus alunos, além de interagir com suas questões pessoais e dramas da adolescência.

“Glee” fez regravações e releituras de várias músicas e teve muito impacto na cultura pop. Além de tudo, foi muito antenada com o seu tempo, discutindo assuntos como bullying, racismo, LGBTfobia, deficiência física, dentre outros temas.

Todavia, apesar do sucesso da série, recentemente, com o desaparecimento de uma das atrizes que fez parte do elenco, Naya Rivera, em um lago, em 08/07/20, muita gente começou a se perguntar se haveria uma espécie “maldição de Glee”, já que boa parte do seu elenco se envolveu em situações pesadas.

As diversas confusões e situações pesadas envolvendo o elenco de “Glee”

O primeiro episódio ocorreu já no decorrer da série: o jovem e carismático ator Cory Monteith, que namorava uma das principais atrizes do elenco, Lea Michele, morreu em 2013 em razão de uma mistura letal de álcool com heroína. Monteith já tinha um pesado histórico com drogas, tendo começado a experimentá-las aos 13 anos. Aos 16, já tinha passado por 12 escolas e ficado praticamente fora de controle. Quando concorreu a uma vaga em “Glee”, não tinha qualquer experiência como ator ou cantor, mas sua espontaneidade conquistou a equipe de seleção de elenco. Por algum tempo, o trabalho em “Glee” o manteve bem, até a tragédia de sua morte prematura.

Lea Michele, que dolorosamente perdeu o namorado durante a série, ficou conhecida, por sua vez, pelo temperamento extremamente difícil. Seus ex colegas de elenco, inclusive a atualmente desaparecida Naya Rivera, apontam que se comportava na pior faceta de diva temperamental, instável e competitiva. Rivera relatou, em sua autobiografia, que a relação com a colega se tornou insustentável quando a sua personagem, Santana, passou a se destacar tanto quanto a de Michele. As duas deixaram de se falar a partir da 6ª temporada. A atriz Kate Hudson, que fez uma participação especial em “Glee”, também afirmou que trabalhar ao lado de Michele “teria sido tão difícil que chegou a ser doloroso”. E, finalmente, uma terceira atriz, Samantha Ware, declarou que Michele teria cometido pequenas agressões preconceituosas e xingamentos contra ela nos bastidores. Boa parte do elenco tinha, portanto, sérios problemas com a atriz, que tinha um protagonismo inegável na série. Na época da morte de Monteith, Netuno transitava em oposição ao Sol e em quadratura com o Saturno do mapa astral de Lea Michele, mostrando o quanto a perda pode tê-la mergulhado em depressão, confusão e fragilidade.

Fora isto, a série formou também o casal Melissa Benoist e Blake Jenner.  Todavia, anos depois do final da série, Bernoist relatou que o ex-marido era abusivo e praticava violência física contra ela. Diga-se, ainda, de passagem que a própria Naya Rivera também foi acusada de agredir o ex-marido com um soco na cabeça, indo parar na delegacia.

E, se não bastasse a coleção de acontecimentos muito pesados, um outro ator da série, Mark Salling, após o término da série, foi acusado de abuso sexual por uma ex-namorada, além de ter tido graves acusações de estar envolvido com pornografia infantil. Farto material disso foi encontrado em seu computador pessoal, levando à condenação de Salling. O ator se suicidou antes de ser preso, tendo sido encontrado enforcado em uma árvore, próximo de um lago.

“Glee” e o mapa astral de estreia do programa piloto

A questão pode não ser exatamente uma “maldição”, mas que há um recorde de acontecimentos pesados relacionados a série, tão bonita e musical, isto não é possível negar. Segue o mapa astral de estreia do episódio piloto de “Glee”.

Sol e  Mercúrio estão conjuntos em Touro, o signo da voz, e a série é feita de atores-cantores. Porém, ambos os planetas estariam conjuntos a estrela Algol, considerada, para a literatura astrológica, como a mais maléfica. Um dos textos sobre Algol diz que “é de natureza violenta e pertinaz que provoca a morte da pessoa ou faz a pessoa provocar a morte de outros, indicando brutalidade e violência.” E está particularmente relacionada a região do pescoço, tendo Mark Salling se suicidado, após a série, por enforcamento. Eu não sou especialista em estrelas fixas para dizer que Algol causa este tipo de desgraça para todo mundo que a tem em destaque no mapa astral, mas é notável que muitas vezes esteja presente em mapas astrais com eventos fortes.

Um outro ponto importante é a ênfase do signo de Áries, com Vênus e Marte ali. A série tinha um lado muito vigoroso e performático fisicamente, algo bem associado ao primeiro signo do zodíaco. Os alunos estavam constantemente envolvidos em competições – outra característica ariana – musicais, seja entre eles mesmos e também com outras escolas. Um dos líderes destas competições era o simpático professor do coral, mas sua frequente antagonista era a extremamente competitiva professora de Educação Física (uma atividade ariana) do colégio: uma mulher forte, independente, exigente e mandona como um general.

Vênus e Marte conjuntos em Áries apontam também para a atratividade da série, e o fato de ter tratado de muitos temas de cunho afetivo e sexual, além dos vários pares que se formaram nela e também nos bastidores. Todavia, muitos também com agressões físicas, como ocorreu no casamento de Rivera e no de Benoist e Jenner.

Júpiter, Quíron e Netuno em Aquário, signo ligado ao moderno e ao coletivo, por sua vez, respondem pelo fato de Glee ter dado voz a questões que até hoje precisam ser debatidas, como o racismo e preconceito em relação a orientação sexual.

Protagonistas femininas de “Glee” com forte viés do signo de Áries

Aqui chegamos nas mulheres da série. O feminino está representado não só por Vênus, como pela Lua em Áries. As mais destacadas personagens femininas tinham um viés fortemente ariano: eram fortes, líderes e competitivas, como a “generela” e professora de educação física Sue Silvester, a mimada líder de torcida (Áries = liderança)  Quinn Fabray, a forte Santana (interpretada por Rivera), que não tinha medo de assumir sua personalidade e orientação sexual, e até a personagem de Lea Michele, que, como a sua intérprete, se destacava e detestava perder (um traço ariano).

Todavia, a quadratura da Lua com Plutão também responde pelo fato de representantes deste elenco feminino serem complicadas e/ou envolvidas em complicações e situações bem barras pesadas, como violência doméstica (praticada por Rivera e sofrida por Benoist), o temperamento terrível de que os colegas atribuem a Michele e, igualmente, a dura perda que a atriz sofreu com a morte de Monteith,  e, em 2020, o sumiço nas águas de um lago de Naya Rivera. Perdas e situações extremas são associadas a Plutão. E, como Urano faz parte da configuração também, sempre de forma repentina, como algo que emerge de repente, choca e surpreende.

Os “homens de Algol”

Outra coisa chocante é a trajetória de alguns atores masculinos. Além da conjunção do Sol, que rege o masculino, com Algol, já mencionada, o Sol, junto com Mercúrio, faz um aspecto de tensão com Júpiter, o planeta dos excessos, com Netuno, relacionado, no seu pior, a vícios e drogas, e, finalmente, com Quíron (que representa o potencial de ferir a si mesmo ou ao outro), todos conjuntos em Aquário. E é inegável que esta difícil, nebulosa e excessiva quadratura está por detrás da morte por drogas de Monteith (que, mesmo sem querer, feriu a ele mesmo e a todo elenco),  dos abusos perpetuados por Jenner contra a esposa e da constrangedora pornografia infantil associada a Salling.

Salling, aliás, tinha Lua e Vênus conjuntos em Leão em ângulo de tensão com Marte e Júpiter em Escorpião. No caso dele (cada um usa o mapa de uma forma diferente, por isto a leitura precisa ser individualizada, e jamais genérica), esta combinação resultou em forte atração (Marte em Escorpião em conjunção com Júpiter, sexualidade intensa, podendo até ser descontrolada) por crianças (Leão, signo onde estão a Lua e Vênus).

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Não foi o mapa astral que causou nada: ele é que já estava ligado a trajetória de Glee e a questões que o elenco viveria

Antes que alguém ache que o mapa astral do projeto piloto de Glee “causou” tudo isto, afirmo que é o contrário: o mapa já expressava as coincidências que juntariam todas estas pessoas com problemas ou que viriam a tê-los, mas também outras interações que também foram transformadoras, fortes e positivas,  senão a série não teria o impacto que teve, inclusive social. “Glee” alegrou, divertiu e levou reflexões a milhões de pessoas ao redor do mundo.

Alguém também poderia questionar: mas primeiro eles gravaram o episódio piloto e depois veio o mapa astral da estreia, então como tudo já poderia estar ali? Quem estuda Astrologia sabe que não há acasos, que fatores astrológicos se ligam entre si, mapas astrais se ligam entre si. Não se sabe quando se iniciaram as gravações do projeto piloto, mas certamente o primeiro dia das gravações tinha um mapa astral que seria muitas similaridades com o do projeto piloto.

Isto é tão verdadeiro que o mapa astral do último episódio que foi ao ar tinha, pasme-se, tinha uma gritante ênfase em Áries (com Sol, Lua, Urano e Marte neste signo), assim como no mapa do episódio número um. Isto jamais poderia ser planejado. É o jogo de coincidências do Universo, que a Astrologia só desvenda e mostra tão bem.

Círculo interno: estreia de Glee / Círculo externo: transmissão do último episódio de Glee

Assustadoramente, Marte, que tem um ciclo de 2 anos, estava também em Áries conjunto ao Marte do mapa de estreia, e Urano em conjunção com Vênus/Marte do mapa de estreia. E a mesmíssima Lua ariana. Isto mostra que  não existe acaso astrológico. Então, não existe uma “maldição de Glee”, e sim, um conjunto de atores que foi atraído para viver especificamente aquele mapa, e passar por aquelas histórias, sejam nos seus pontos mais altos ou nos mais sombrios.

Plutão, no mapa do final da série, quadra Vênus do mapa do episódio piloto de “Glee”, demarcando o fim (algo ligado a ele) da série artística e do entretenimento (Vênus), com ênfase notável na Casa 5, justamente a dos palcos e apresentações, que era o mote principal da série.

Quando Monteith, que sem querer trouxe a primeira desgraça para “Glee”, faleceu, Saturno mergulhava dolorosamente em Escorpião (morte) na Casa 12, possivelmente indicando uma época bastante depressiva e difícil para todos os envolvidos na série. Monteith, por sua vez, era um taurino (igual ao Sol da série, por isto não é de se admirar o destaque que teve nela) com o regente de Touro, Vênus em Áries, exatamente como na série. Aliás, vários atores tinham posicionamentos astrológicos importantes em Áries, como a própria Naya Rivera (Vênus também). Lea Michele tem o Nodo Norte em Áries.

A quadratura exata entre Lua e Plutão, que caracteriza a série, é um aspecto muito difícil. A Lua também se afasta de uma conjunção dissociada com Urano em Peixes, o que a torna ainda mais explosiva. Em parte, a presença de Urano foi responsável pelo tom tão moderno até hoje de “Glee”, já que a Lua tem a ver com público, gerando a identificação com vários tipos de públicos. Todavia, ela também responde pela imprevisibilidade do que aconteceu com parte do elenco, relacionada a acontecimentos trágicos e intensos (Plutão), sendo a Lua o elemento de ligação entre os dois fortes planetas. Só o fato de uma das suas protagonistas ter sido difícil já mostra o que boa parte do elenco passou enquanto a série estava no ar. Por outro lado, “Glee” também foi uma oportunidade única de mostrar talentos, discutir questões e a força do grupo (Aquário em destaque).

Quando “Glee” estreou, Urano, que tem impacto geracional, estava em Peixes, então o programa era, inicialmente, uma revolução uraniana através da música, algo pisciano. Todavia, a partir de 2011, quando Urano ingressou em Áries e já estava em quadratura com Plutão, a série avançou ainda mais em liderança, impacto e revolução. E cumpriu este papel nos 6 anos que esteve no ar.

O afogamento de Naya Rivera e os trânsitos em seu mapa astral

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Com o desaparecimento de Rivera, em 08/07/2020, Marte, por trânsito, tocou a tensa quadratura Lua/Plutão do mapa do episódio piloto da série, sendo que a Lua, neste mapa, rege a Casa 8, das crises e mortes.

Os trânsitos no mapa da atriz de 33 anos, por sua vez, são assustadores pela ligação com o evento que a vitimou. No dia 8 de julho, a atriz que interpretou a Santana foi vista pela última vez ao alugar, na companhia do filho de 4 anos, um barco no Lago Piru, na California. O local é famoso pelos afogamentos, com temperaturas frias que podem atrapalhar até mesmo os nadadores mais experientes, possui correntezas, e, além disso, é varrido por fortes ventos, que podem virar barcos pequenos.

Os trânsitos no mapa da atriz de 33 anos estavam bastante tensos. Naya nasceu com o Sol na Casa 8, ligada a crises, sexualidade, profundidade, intensidade, etc. Mas é também a Casa da morte. Plutão, o regente natural desta casa, associada a crises e mortes, estava transitando em cima do seu Sol Natal, junto com Júpiter e o Saturno (o próprio regente da Casa 8). Tradução: este era um momento com chance de crise, seja afetiva, financeira, a perda de alguém, etc.

Como se não bastasse isto, Rivera nasceu com Marte em aspecto tenso com Netuno. É uma combinação de possibilidade de acidentes aquáticos e afogamentos, em especial no caso da artista, em que Netuno está na Casa astrológica ligada a morte. Não que todo nativo que tenha Marte/Netuno venha a ter isto, mas seria bom não facilitar.

No fatídico dia em que a atriz alugou um barco com o filho, havia uma tensa quadratura Mercúrio/Marte, que perpassou toda esta semana, e que é tendente, dentre muitas manifestações, a acidentes. Pois esta quadratura esta ativando exatamente a quadratura Marte/Netuno da atriz, a tal que traz possibilidade de acidentes com água.

Como se não fosse o bastante, Marte estava exatamente em cima do Marte natal da atriz. Leva dois anos para Marte dar uma volta completa no mapa. O retorno de Marte costuma ser um momento de começos, o que desafortunadamente para a jovem atriz, não foi para a vida.

Rivera nasceu, ainda, com uma tensa configuração em T envolvendo Lua em Gêmeos oposta a Urano Sagitário e ambos em quadratura com Júpiter em Peixes. A configuração pode expressar uma situação de potencial relaxamento e de acidentes com passeios e viagens através da água.

Ocorre que Netuno, o planeta das águas, estava, por trânsito, exatamente em cima de Júpiter natal, acionando a tal configuração. Em trânsitos de Netuno podem acontecer afogamentos, embora, é claro, não seja a única possibilidade.

A modelo Caroline Bittencourt morreu em abril de 2019 após ter sido lançada no mar pelo vento. Caroline, que nasceu com Sol, Netuno e Mercúrio conjuntos em Sagitário, estava com Netuno quadrando todos estes planetas e morreu no mar (Netuno). Todavia, outras pessoas podem ter nascido no mesmo dia que ela e estarem vivas, tendo passado por outros acontecimentos.Não existe nada determinado em Astrologia dizendo que a coisa vai se passar de uma determinada forma, mas existem, sim, épocas que vão envolver desafios.

Quem conhece Astrologia, só por este relato que eu fiz, sabe que o mapa de Rivera estava fortemente tensionado no dia 08/07/2020, por trânsitos lentos e por rápidos, estes últimos com função disparadora, como já citado trânsito de Marte/Mercúrio e também uma oposição do Sol ao Sol/Mercúrio na Casa 8 (morte) do mapa da atriz.

Lamento pelo garotinho que perdeu a mãe em tão trágicas circunstâncias. Que possa conseguir superar isto no futuro.😕🙏

Artigo escrito em 12/07/2020.

Proibida a reprodução do texto sem a autoria da astróloga Vanessa Tuleski, sob pena de ferir direito autoral.

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