Previsões da Astrologia de 2026: ano de mudanças e de novos começos

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O ano em que o mundo tem que se mover para o novo

por Vanessa Tuleski

Astróloga Vanessa Tuleski

Depois de um longo período de travas e transições em 2025, 2026 chega com a força de quem não pode mais esperar. A sensação global é de “chega de ensaio”: é hora de entrar em cena, mesmo sem o roteiro completo.

O movimento é impulsionado pela conjunção de Saturno e Netuno em Áries, repetindo o encontro de 2025, mas agora em um ponto ainda mais decisivo — o grau zero, o marco inicial do Zodíaco. Esse é o lugar onde tudo começa, e onde o impulso de existir se sobrepõe à dúvida.

Enquanto 2025 representou o fim de um ciclo e a preparação para o novo, 2026 inaugura o ato principal. É o ano que anuncia: “o tempo da espera acabou –  vamos à luta.”

Panorama dos trânsitos de 2026

O cenário astrológico de 2026 é dinâmico e repleto de pontos de virada.
Alguns dos trânsitos mais marcantes são:

  • Saturno e Netuno em Áries: encerramento de estruturas antigas e início de novas fundações, ainda instáveis, mas inevitáveis.

  • Urano em Gêmeos: aceleração das inovações ligadas à comunicação, mobilidade e inteligência artificial.

  • Júpiter em Câncer (até 30/06): crescimento baseado em vínculos afetivos, família e proteção emocional.

  • Júpiter em Leão (a partir de 30/06): afirmação de talentos, protagonismo e autoconfiança.

  • Plutão em Aquário: revoluções tecnológicas e sociais, com foco em dados, redes e poder das plataformas.

  • Eclipses com influência de Algol: eventos intensos e transformadores, especialmente em maio, julho e outubro, sugerindo rupturas e reinícios marcantes.

Da travessia de 2025 ao impulso de 2026

Os dois anos formam um par inseparável. Enquanto 2025 simbolizou o fim de um ciclo — com Saturno e Netuno transitando entre Peixes e Áries, no limite entre o passado e o futuro —, 2026 inaugura o primeiro passo no terreno novo.

O grau zero de Áries é território desconhecido, e por isso o clima é de recomeço sem manual. Tudo o que parecia emperrado em 2025 ganha movimento, ainda que com incertezas.
É um ano em que a vida exige ação, mesmo sem prometer resultados imediatos.

Se 2025 exigiu desapego e espera, 2026 cobra atitude. É o momento em que o medo e a paralisia dão lugar à necessidade de agir, de escolher caminhos e se posicionar.

Essa atmosfera é reforçada pelo Ano 1 na Numerologia, símbolo dos novos começos, e pela carta A Roda da Fortuna, do Tarot, que indica mudanças rápidas e destino em movimento.

Entretanto, a pressa vem acompanhada de uma névoa emocional. A combinação de Saturno e Netuno em Áries forma o que muitos astrólogos chamam de “a dupla do medo”: uma sensação coletiva de insegurança, como se algo estivesse prestes a desabar, mesmo sem sinais concretos disso. É um clima psíquico de época, mais emocional do que racional, em que o medo gera, também, momentos de pessimismo.

O Ano Novo Astrológico de 2026, iniciado com a o Sol, a Lua, Saturno e Netuno em Áries, reforça a urgência e o impulso, mas também pede discernimento. O desafio será agir com estratégia, sem cair no fogo de curto fôlego do lado sombra de Áries.

Da hesitação à iniciativa

A energia de 2026 é de aceleração, mas também de testes. Enquanto Saturno pede estrutura, Netuno dissolve certezas. O resultado é um terreno movediço onde é preciso aprender a construir exatamente enquanto se caminha.

A boa notícia é o apoio de Júpiter em Câncer no primeiro semestre, que suaviza tensões e favorece vínculos, proteção e solidariedade. Essa fase tende a fortalecer laços familiares e redes de apoio, funcionando como o “colo” necessário antes do salto.

Já no segundo semestre, com Júpiter em Leão, o tom muda completamente. O foco passa a ser a expressão pessoal e o desejo de brilhar. Empreendedores, artistas, comunicadores e líderes ganham fôlego para expandir projetos e buscar visibilidade — mas é fundamental equilibrar carisma com substância real, para não ser puro marketing, sem estrutura. O objetivo não é ter 15 minutos de fama, e, sim, uma liderança real.

Urano recém ingressado Gêmeos, por onde vai transitar até 2033, transforma profundamente a forma como nos comunicamos. A inteligência artificial, a velocidade da informação e as novas linguagens digitais tornam-se campo de disputa e aprendizado. Quem se adaptar a esse ritmo ganhará vantagem; quem resistir, vai ficar rapidamente ultrapassado.

No plano coletivo, em julho, o clima é de disputa. Com Júpiter em Leão e Plutão em Aquário, 2026 traz confrontos entre individualidade e coletividade, ego e ideal. Enquanto uns buscam o centro do palco, outros trabalham para descentralizar o poder. Esse embate se reflete tanto na política quanto na cultura, nas empresas e nas redes sociais. Momento em que máscaras podem cair e escândalos ganhar destaque, revelando o contraste entre imagem e essência.

Alguns temas atravessam todo o ano, costurando as diferentes fases e trânsitos:

  • Aceleração e necessidade de agir, mesmo sem garantias.

  • Medo coletivo e pessimismo. 

  • Competição e disputas, tanto no poder político quanto no digital.

  • Avanços da inteligência artificial e questionamentos éticos envolvendo autoria e substituição de funções humanas.

  • Explosão criativa e novos líderes, favorecida por Júpiter em Leão.

  • Individualismo crescente, com ênfase em autodefesa e soberania nacional, mas também oportunidades para novos começos para quem quiser arregaçar as mangas com persistência.

2026 será um novo 2020?

A comparação entre os dois anos é inevitável, por conta de fatures profundos de mudanças, mas enganosa. Em 2020, a conjunção de Júpiter, Saturno e Plutão em Capricórnio representava colapsos e restruturações globais.

Agora, a união de Saturno e Netuno em Áries fala de reconstrução, impulso e coragem.

Se 2020 nos obrigou a parar, 2026 nos força a seguir adiante.
Se o primeiro foi sobre sobreviver, o segundo é sobre criar algo novo com o que restou.

Há semelhanças — o medo coletivo, a sensação de virada —, mas a consciência mudou. Depois de seis anos de aprendizado e adaptação, entramos em um novo ciclo, com mais recursos e maturidade para lidar com a incerteza.

Podemos dizer que 2020 abriu o portal, 2025 foi a travessia e 2026 é a chegada a um novo território.

O portal ariano e o novo ciclo coletivo

A conjunção entre Saturno e Netuno em Áries, exata em fevereiro, é o aspecto central de 2026. Saturno estrutura; Netuno inspira e desfaz fronteiras. Quando se encontram no primeiro grau do Zodíaco, o resultado é um chamado poderoso: é preciso encerrar o que não tem mais forma e começar algo que ainda está se delineando.

Áries é impulso puro, e não olha para trás. No plano coletivo, esse trânsito desperta competitividade, polarizações e a necessidade de afirmação. Netuno, por sua vez, traz a névoa — narrativas distorcidas, ilusões e espiritualização dos conflitos.

Essa conjunção mantém o tom bélico e competitivo de 2025, mas agora com mais intensidade. O mundo entra em um processo de redefinição profunda de direção e identidades.

Abril: o mês que vai dizer a que 2026 veio

Abril se apresenta como um ponto de virada decisivo em 2026. É quando Marte, o planeta da ação, passa sobre Saturno e Netuno, revelando com mais nitidez qual será a grande tônica do ano e a direção que os acontecimentos tendem a tomar. Esse tipo de configuração não é trivial. Basta lembrar que, em meados de março de 2020, quando Marte esteve conjunto a Júpiter, Saturno e Plutão, o mundo assistiu ao início oficial da pandemia, com o fechamento abrupto de fronteiras e a sensação coletiva de ruptura. Por isso, abril de 2026 merece atenção especial.

Este tende a ser um mês em que estruturas frágeis não se sustentam. O que tiver de ruir, vai ruir; o que estiver apoiado em bases inconsistentes pode entrar em colapso. É justamente desse processo que surgem novos começos, ainda que de forma forçada. Não por acaso, abril desponta como um dos períodos de maior insegurança coletiva do ano. O Céu sugere riscos associados a quedas de barreiras, desmoronamentos — tanto literais quanto simbólicos —, problemas envolvendo água, gás e contaminações, além de possíveis acidentes ambientais e aumento de tensões e conflitos em diferentes partes do mundo.

Do ponto de vista astrológico tradicional, a conjunção de Marte com Saturno sempre foi considerada altamente belicosa. Os astrólogos antigos viam esse encontro como um embate entre forças muito combativas, geralmente colocando adversários determinados em lados opostos, ainda que um deles possa ser claramente mais forte que o outro. No plano pessoal, esse clima pode se traduzir em maior competitividade, irritabilidade e sensação constante de enfrentamento.

Na vida pessoal, conflitos tendem a escalar com facilidade, e por isso é fundamental buscar caminhos formais e institucionais para lidar com disputas, evitando desgastes desnecessários. A combinação de Marte com Saturno costuma acentuar frustrações, sentimentos de injustiça e a impressão de que é preciso lutar o tempo todo para avançar. As ações, de modo geral, encontram mais resistência: surgem obstáculos maiores, atrasos, empacamentos e exigências que pedem persistência e fôlego emocional. Então anote tudo isto já no seu calendário de 2026, para estar mais preparado(a).

Júpiter em Câncer no primeiro semestre: raízes, base e redes de apoio

Até 30 de junho, Júpiter, planeta da expansão, percorre o signo de Câncer, associado à família, ao lar e às raízes emocionais. Trata-se de um trânsito que favorece acolhimento, nutrição e crescimento interno, ampliando a importância da segurança afetiva e da sensação de pertencimento.

A vida pede um tipo de casulo inteligente. Organizar a casa, ajustar rotinas, fortalecer vínculos, cuidar da saúde emocional e investir na base da vida cotidiana torna-se essencial. Quanto mais estruturada estiver essa base, maiores serão as possibilidades de avanço quando o cenário mudar. É um período em que crescer passa, antes de tudo, por estar bem sustentado por dentro.

Nesse contexto, atividades e negócios ligados a temas como lar, alimentação, bem-estar, imóveis, hospedagem, cuidados e suporte a outras pessoas tendem a ganhar fôlego e oportunidades. O primeiro semestre de 2026 funciona como um tempo de preparação: arrumar a casa da vida pessoal, enriquecer o mundo interno e criar uma base sólida que permita voos mais altos mais adiante.

Júpiter em Leão no segundo semestre: palco, visibilidade e propósito

A partir da virada de junho, o clima muda sensivelmente. Com Júpiter ingressando em Leão, entram em cena a criatividade, o carisma, os talentos e o desejo de expressão. A energia se volta para o palco, para a autoafirmação e para a vontade de mostrar ao mundo aquilo que foi gestado internamente nos meses anteriores.

Projetos autorais ganham mais luz, assim como marcas pessoais, iniciativas ligadas às artes, ao entretenimento, à educação criativa, à autoexpressão e ao surgimento de novos fenômenos culturais. Talentos em ascensão e o universo esportivo também tendem a se destacar nesse segundo semestre.

O ponto de atenção está em não confundir visibilidade com valor. A tentação de buscar reconhecimento apenas pela exposição, pelos famosos “quinze minutos de fama”, pode se mostrar vazia. O convite mais elevado desse trânsito é permitir que a visibilidade seja consequência de talentos reais, de algo que tenha conteúdo, propósito e capacidade de impactar o coletivo.

Em julho, Júpiter em Leão forma uma tensão importante com Plutão em Aquário, um aspecto de simbolismo intenso. Vaidades entram em teste, lideranças passam por processos de desmascaramento e podem vir à tona fatos delicados, perdas ou escândalos, especialmente em ambientes artísticos ou esportivos. Notícias fortes podem atingir figuras até então muito bem vistas, revelando bastidores menos idealizados. Essa oposição também tende a exacerbar comportamentos autoritários, competitivos e autocráticos. As imediações da Lua Nova de 29 de julho despontam como um dos períodos mais complexos e tensos de todo o ano, exigindo discernimento, maturidade e cuidado com disputas de poder e exposição excessiva.

Copa do Mundo: entre pertencimento, espetáculo e quedas simbólicas

A Copa do Mundo tende a se iniciar sob a influência de Júpiter em Câncer, um posicionamento que enfatiza fortemente o patriotismo, o sentimento de pertencimento e a união dentro de cada grupo. O clima favorece a identificação emocional com as seleções, o apoio coletivo e a sensação de “defender a própria casa”, ainda que em solo estrangeiro. A torcida ganha um tom mais afetivo, e os times tendem a se fortalecer a partir do espírito de equipe e do vínculo com suas origens.

Ao longo do torneio, porém, o cenário muda com a entrada de Júpiter em Leão. A competição passa a assumir contornos mais espetaculares, com foco no brilho individual, no protagonismo e nas grandes performances. Jogadores carismáticos, gestos teatrais e momentos de grande impacto tendem a ganhar destaque, reforçando a dimensão de entretenimento e espetáculo que marca essa fase da Copa.

O desfecho, no entanto, pode ser emocionalmente mais duro para alguns. A oposição entre Júpiter e Plutão sugere perdas sentidas no final do campeonato, especialmente envolvendo times ou jogadores que brilharam intensamente ao longo do percurso, mas não conseguiram levar o título. Também há a possibilidade de quedas simbólicas associadas a atitudes excessivamente vaidosas, arrogantes ou imaturas, em que o desejo de protagonismo acaba prejudicando o coletivo. Esse aspecto tende a expor limites, cobrar maturidade e mostrar que, mesmo em cenários de grande visibilidade, o excesso de ego pode custar caro.

Plutão em Aquário abrindo o caminho a fórceps para o futuro

Plutão segue promovendo uma reforma profunda nas estruturas coletivas. Desde sua entrada em Aquário, em 2024, o foco se volta para tecnologia, dados, redes, ciência, educação de massa, democracia e novas formas de trabalho e organização social. É um trânsito que atua como um verdadeiro laboratório do futuro, testando novos modelos e tensionando sistemas já estabelecidos.

Plataformas digitais e algoritmos avançam de forma acelerada e, com eles, crescem também os debates sobre privacidade, regulação e concentração de poder tecnológico. O lado mais luminoso desse movimento está na capacidade de gerar soluções coletivas e humanas em larga escala, conectando pessoas, ideias e recursos de maneiras inéditas. Já o lado sombrio aponta para o risco de desumanização, que inclui a chamada “descriativização”, na medida em que máquinas passam a produzir conteúdos, imagens e narrativas no lugar do ser humano.

Esse processo impacta profundamente a indústria artística e cultural, uma tensão que se torna ainda mais visível a partir da oposição entre Júpiter e Plutão em meados do ano. Ganham força os debates sobre autoria, direitos e originalidade, ao mesmo tempo em que cresce o fascínio por avatares, personagens digitais e influenciadores virtuais, borrando fronteiras entre o humano e o artificial.

Urano em Gêmeos com o pé no acelerador

Entre 2025 e 2032 ou 2033, Urano firma residência em Gêmeos, acelerando de forma significativa os campos da comunicação, da educação e da mobilidade. Esse trânsito reinventa as mídias, mistura linguagens, quebra formatos tradicionais e potencializa o uso da inteligência artificial aplicada ao cotidiano. A mente humana passa a operar de maneira híbrida, apoiando-se parcialmente no próprio cérebro e parcialmente nas máquinas.

Traduções automáticas tendem a se tornar cada vez mais naturais, enquanto o acesso a dados se torna ainda mais veloz do que foi nas últimas duas décadas. Isso amplia exponencialmente nossa capacidade multitarefa, algo profundamente geminiano. Veículos e meios de transporte, também regidos por Gêmeos, avançam rumo a níveis mais altos de automação.

Aos poucos, começam a surgir cenários que lembram, em escala real, as realidades futuristas imaginadas em antigos desenhos animados, como os Jetsons. O cotidiano se torna mais rápido, interconectado e tecnológico, exigindo flexibilidade mental, adaptação constante e novas formas de lidar com informação, movimento e linguagem.

Eclipses e as portas que se abrem e as que se fecham em 2026

Os quatro eclipses de 2026 sinalizam mudanças importantes em dois eixos centrais da vida coletiva e pessoal, definidos pelos signos em que ocorrem. De um lado, entram em pauta temas ligados à saúde emocional e física, à sensibilidade, à rotina, ao trabalho e aos ajustes práticos, ativados pelo eixo Virgem–Peixes. De outro, ganham destaque questões relacionadas à criatividade, à vida pessoal, aos filhos e aos amores, bem como às amizades, ao impacto coletivo e à construção de novos futuros, ativadas pelo eixo Leão–Aquário.

Como todo eclipse funciona como ponto de virada, esses eventos tendem a intensificar mudanças e trazer fatos novos especialmente nas proximidades de fevereiro e março e, novamente, a partir de agosto. Vale lembrar que seus efeitos costumam se manifestar já cerca de um mês antes das datas exatas. São momentos em que “as coisas esquentam”, tanto no cenário mundial quanto nas dinâmicas individuais, podendo coincidir com revelações, rupturas ou mudanças súbitas de rumo.

Dos quatro eclipses do ano, os de agosto se destacam pela intensidade maior, envolvendo desafios emocionais, questões de saúde ou temas práticos que exigem atenção, embora o de fevereiro se destaque pela disrupção e imprevisibilidade.

Assim, 2026 se consolida como um ano em que os eclipses pedem cuidado especial com emoções e saúde, como já vinha ocorrendo em 2025 com o eixo Virgem–Peixes, que se prolonga em 2026, ao mesmo tempo em que ativam com força temas amorosos, pessoais e ligados à construção de novos futuros por meio do eixo Leão–Aquário.

Meses com ativações importantes

Maio: tensão e Algol

Maio tende a ser um dos meses mais intensos do ano. A Lua Nova do dia 16 acontece em contato com Algol, uma estrela fixa tradicionalmente associada a crises, tensão elevada e potencial destrutivo. Sempre que Algol é ativada, o Céu sinaliza riscos maiores, especialmente ligados a situações extremas ou difíceis de conter. Os dias que se seguem a essa Lua Nova podem funcionar como gatilhos para eventos que materializam esse clima, tornando maio um período que exige atenção redobrada, prudência e leitura cuidadosa dos sinais.

Julho: fogo triplicado

Com a entrada de Júpiter em Leão, o elemento fogo — que já vinha forte em 2025 sob a liderança de Áries — se intensifica ainda mais. Júpiter em Leão amplia o desejo de brilhar, comandar e ocupar posições de destaque, mas esse movimento encontra resistência na oposição a Plutão em Aquário. O resultado são grandes disputas de poder, ascensões egóicas e choques entre lideranças, visibilidade e controle.

Os conflitos tendem a se acirrar especialmente em julho. Ainda assim, muitos embates podem ser resolvidos, desde que haja flexibilidade e maturidade. A dificuldade maior surge na segunda metade de agosto, quando a teimosia se intensifica e acordos se tornam mais difíceis, exigindo paciência e jogo de cintura.

Agosto e eclipses

Agosto é um mês sensível por concentrar eclipses, o que naturalmente aumenta a instabilidade e a sensação de virada. Ao mesmo tempo, há um fator importante de sustentação: o trígono entre Júpiter em Leão e Saturno em Áries. Esse aspecto favorece força pessoal, coragem e capacidade de sustentar decisões difíceis, funcionando como um contrapeso às tensões típicas do período. Ainda que seja um mês que mexe profundamente, há recursos internos e estruturais para atravessá-lo com mais firmeza.

Outubro: tensões e Vênus retrógrada

Outubro desponta, na minha avaliação, como um dos meses mais difíceis de 2026. Nos primeiros dez dias, forma-se uma quadratura em T envolvendo Marte em Leão — com destaque para figuras carismáticas como atores, líderes e influenciadores —, Vênus e Mercúrio em Escorpião e Plutão em Aquário. Esse desenho aponta para episódios intensos que podem mobilizar o coletivo, incluindo mortes, fenômenos climáticos extremos, assassinatos e finais impactantes de parcerias ou alianças.

Além disso, Vênus entra em movimento retrógrado em Escorpião entre outubro e novembro, inaugurando um período de revisões profundas no campo financeiro e afetivo. Na segunda quinzena de outubro, Vênus ainda forma uma quadratura intensa com Plutão, ampliando perdas, rupturas e experiências de luto coletivo. Trata-se de um dos momentos mais delicados do ano, tanto emocional quanto materialmente.

A retrogradação de Vênus também pode afetar moedas digitais e mercados altamente especulativos, especialmente na segunda quinzena de outubro e, já com Vênus direto, na primeira quinzena de dezembro.

Os últimos três meses de 2026 não apontam para um cenário de prosperidade. O conselho central para esse período é manter reserva financeira, agir com cautela e priorizar moderação nas decisões e nos gastos ao longo do fim do ano.

Amor em 2026

Primeiro semestre. O amor em 2026 se desenha em duas fases bastante distintas. No primeiro semestre, com Júpiter em Câncer, os relacionamentos pedem acolhimento, cuidado e segurança emocional. Cresce o desejo por estabilidade e pertencimento, favorecendo vínculos que se constroem a partir do diálogo, da cooperação e do apoio mútuo. Para quem está solteiro, esse período estimula a busca por relações mais íntimas, com conexão emocional genuína e espaço para troca verdadeira.

Segundo semestre. Com Júpiter em Leão, a dinâmica muda. O amor ganha mais brilho, paixão e desejo de celebração. Romances intensos, demonstrações públicas de afeto e uma reconexão com o prazer entram em cena. Ao mesmo tempo, Leão pede palco, o que pode acentuar questões ligadas ao orgulho, à autoestima e à necessidade de reconhecimento. Entre setembro e dezembro, esse movimento tende a se intensificar, com três quadraturas entre Vênus e Plutão, indicando momentos de crise, disputas de poder e necessidade de revisões profundas nos vínculos.

O que levar em conta para pessoas comprometidas. Relações que já tenham uma base sólida tendem a crescer e se aprofundar no primeiro semestre, que favorece reconstrução emocional, fortalecimento dos laços e valorização de gestos simples e cuidados cotidianos. A partir de junho, viagens, celebrações e novas experiências podem reacender o desejo e trazer frescor à relação. O principal desafio será evitar transformar o relacionamento em um palco de vaidades e aprender a fazer ajustes e revisões sem cair em padrões destrutivos. E vai haver testes de setembro a dezembro, que vão exigir muito cuidado para não terminar relações que sejam boas. Revisões terão de ser feitas, mas sem “jogar a água do banho junto com o bebê” no caso de relacionamentos com uma boa base.

O que levar em conta para pessoas solteiras. O início do ano favorece reencontros, curas emocionais e a finalização de histórias mal resolvidas. Relações que surgirem nesse período tendem a carregar profundidade emocional e potencial de crescimento. No segundo semestre, com Júpiter em Leão, o magnetismo pessoal aumenta e a busca por paixão, alegria e expressão ganha força. É um tempo propício para se mostrar, viver encontros inspiradores e criativos, especialmente em viagens, eventos ou por meio das redes sociais. Ainda assim, será fundamental não se deixar levar apenas pela aparência ou pelos conhecidos “joguinhos” de ego e vaidade. Entre setembro e dezembro, haverá maior esforço para escapar de “romances-problema” e de retornos ao passado, alguns deles pouco produtivos. Preservar a autenticidade, a leveza e a própria luz será essencial para viver o amor de forma mais consciente e saudável em 2026.

Trabalho em 2026

Primeiro semestre. Depois da lentidão e dos entraves de 2025, o mercado tende a ganhar ritmo em 2026. É um ano que favorece iniciativa, inovação e coragem para empreender. No primeiro semestre, com Júpiter em Câncer, o foco está na construção de bases sólidas: organizar estruturas, rever processos, cuidar das equipes e alinhar prioridades se torna fundamental. Empresas e profissionais que investirem em relações de confiança, revisarem fluxos internos e valorizarem o bem-estar no ambiente de trabalho tendem a criar um alicerce consistente para crescer mais adiante.

Segundo semestre. Esse trabalho de bastidores feito no início do ano começa a mostrar resultados a partir do segundo semestre. Com a entrada de Júpiter em Leão, a energia muda de tom e pede mais visibilidade, ousadia e protagonismo. É um período propício para lançar projetos, ocupar espaço e mostrar talentos. Tudo o que é autoral, criativo e carismático ganha força, favorecendo marcas pessoais, produções artísticas, conteúdo digital, cursos, mentorias e eventos. Ainda assim, é importante observar os últimos meses do ano, marcados pela retrogradação de Vênus, que não costuma ser ideal para grandes lançamentos, embora possa funcionar bem para ajustes, reposicionamentos e relançamentos.

Alguns setores tendem a se destacar ao longo de 2026. A tecnologia e a inteligência artificial aplicada seguem em expansão, especialmente em áreas como automação, robótica, análise de dados e programação criativa. Educação e comunicação digital também ganham impulso, com crescimento de cursos, plataformas, produção de conteúdo e novas mídias. O entretenimento e os campos ligados à criatividade — como música, design, moda, storytelling, games, eventos e esportes — encontram terreno fértil, assim como o universo do autoconhecimento e do bem-estar, incluindo coaching, terapias, nutrição emocional, práticas de atenção plena e empoderamento pessoal.

2026 favorece fortemente o empreendedorismo pessoal e a aplicação direta dos próprios talentos. Marcas próprias, pequenos negócios, atuação como freelancer e consultorias independentes tendem a encontrar mais espaço, desde que haja estrutura, autenticidade e clareza de propósito por trás das iniciativas.

Economia em 2026

Ritmo mais dinâmico: depois de um 2025 marcado por restrições, especialmente nos meses de junho e julho, quando a quadratura entre Júpiter e Saturno apertou o crescimento e limitou a expansão, 2026 tende a apresentar um ritmo mais dinâmico. Esse freio não se repete no novo ano, o que abre espaço para maior movimento econômico e mais disposição para avançar.

Surpresas e sobressaltos: ainda assim, o cenário não estará isento disso. Saturno e Netuno em Áries podem gerar “sustos novos”, como tarifas inesperadas, decisões abruptas e medidas repentinas, a exemplo do que ocorreu em 2025 com a imposição de um tarifaço por parte do presidente dos Estados Unidos a diversas nações. Abril merece atenção especial, pois tende a ser um mês em que gatilhos importantes podem ser acionados, deflagrando mudanças relevantes no cenário econômico.

Estabilidade com crescimento em agosto:  o ponto mais favorável do ano surge em agosto, quando Júpiter em Leão forma um trígono com Saturno em Áries. Nesse momento, a expansão e a confiança simbolizadas por Júpiter se alinham ao esforço, à disciplina e à solidez representados por Saturno. O resultado é uma melhora gradual da economia, com mais estabilidade e previsibilidade, ainda que sem soluções milagrosas. O destaque do elemento Fogo reforça um recado claro: sem ousadia, iniciativa e disposição para agir, não há avanço real.

Focos econômicos do ano: até junho, a economia tende a concentrar atenção em bens essenciais e setores ligados à base da vida cotidiana, como habitação, alimentação, serviços básicos, hospedagem e cuidados. A partir de julho, o foco se desloca para a chamada economia da atenção, com crescimento de áreas ligadas a conteúdo, eventos, marcas pessoais, esportes, lançamentos, artistas e influenciadores, além de um aquecimento no mercado de luxo. O segundo semestre favorece visibilidade, consumo simbólico e iniciativas que saibam captar interesse, desejo e engajamento.

Saúde em 2026

A combinação de Saturno com Netuno pode indicar épocas de vitalidade mais baixa, além de ansiedade alimentada por um clima de pessimismo, muitas vezes intensificado pelo excesso de notícias e informações negativas. O impacto emocional do que se consome mentalmente tende a se refletir diretamente no corpo, tornando o cuidado com a mente tão importante quanto o cuidado físico. Nesse contexto, a higiene informacional se torna um ponto-chave ao longo do ano.

Com os eclipses de 2026 ativando o eixo Virgem–Peixes, muitos temas de saúde tendem a vir à tona, seja por meio de sinais do corpo, diagnósticos ou necessidade de ajustes na rotina. Por isso, manter check-ups em dia e não ignorar sintomas será fundamental ao longo do ano.

Primeiro semestre: favorece terapias emocionais, processos de cura interna e a reconexão com redes de apoio, oferecendo acolhimento e sustentação emocional.

Segundo semestre: convida a uma postura mais ativa, com espaço para expressão criativa e para prazeres que realmente recarregam a energia vital. A vida pede mais paixão para fazer sentido, trazendo à tona a pergunta essencial: quem é você na fila do pão? Retomar hobbies, talentos e atividades que despertam entusiasmo se torna não apenas prazeroso, mas um verdadeiro cuidado com a saúde integral em 2026.

Mundo e Brasil em 2026

No cenário global, 2026 se desenha como um ano de reconfiguração profunda. Assim como em 2025, muitas estruturas continuam em processo de colapso, enquanto a competição entre nações tende a se intensificar. Nesse contexto, surgem medidas de saneamento, regularização ou proteção econômica, como já se viu com políticas tarifárias adotadas sob o argumento de defesa de economias nacionais. O pêndulo mundial segue oscilando entre abertura e fechamento e, em seu polo mais rígido, a conjunção de Saturno com Netuno em Áries reforça a lógica do “farinha pouca, meu pirão primeiro”, priorizando limites, interesses individuais e proteção interna em detrimento da cooperação ampla e da distribuição.

Esse clima ajuda a explicar o endurecimento de políticas migratórias observado desde o ano anterior, com mais países criando barreiras à naturalização, além do avanço de posturas conservadoras e protetivas. O mundo também tende a atravessar um período de forte polarização, manipulação de informações e ascensão de novos líderes carismáticos, que mobilizam emoções e discursos identitários.

Apesar das tensões, o Céu de 2026 não aponta apenas para cenários sombrios. Há aspectos de fundo bastante construtivos, como Saturno e Netuno em sextil com Urano, Urano em trígono com Plutão e Saturno e Netuno em sextil com Plutão, favorecendo alianças estratégicas, descobertas científicas e processos de reorganização econômica. Na minha leitura, esses fatores ajudam a proteger 2026 de se tornar um novo 2020, como vem sendo alardeado por algumas análises, ainda que toda interpretação astrológica esteja sempre aberta a revisões. Até junho, com Júpiter em Câncer, cresce o tom de patriotismo, cooperação humanitária e solidariedade. No segundo semestre, com Júpiter em Leão, esse movimento dá lugar a uma onda de orgulho nacional e busca por protagonismo.

O mapa do Brasil para 2026 reflete essa mesma dualidade global, mas com nuances próprias. Há forte destaque para questões financeiras, com foco em conter ineficiências e gastos excessivos, especialmente em abril. Saturno e Netuno em Áries atuam na área financeira do mapa do país, indicando medidas econômicas súbitas, tarifas, reestruturações fiscais e mudanças nos modelos de arrecadação. Podem surgir novas políticas tributárias e pressões sobre o sistema previdenciário. O trígono entre Júpiter e Saturno, em agosto, funciona como um fator de sustentação, sugerindo que a economia pode seguir nos trilhos com prudência, ainda que sem grandes milagres. A partir de setembro, o Brasil pode se ver envolvido em questões internacionais e temas ligados a fronteiras, com pressão sobre Marte e Saturno do mapa da Independência.

Eleições no Brasil em 2026

Em 2026, os brasileiros irão às urnas para eleger deputados estaduais e federais, governadores, senadores e presidente. As candidaturas ganham força com Júpiter em Leão, associado a líderes carismáticos e figuras midiáticas, em oposição a Plutão em Aquário, que simboliza o poder das massas e das redes sociais. Não será surpresa ver artistas e influenciadores se lançando na política. Esse contraste explicita uma disputa entre ego e coletividade, individualismo e representatividade.

Devem surgir líderes muito carismáticos, mas nem todos necessariamente tão honestos ou transparentes quanto aparentam. O velho expediente político de crescer atacando ou destruindo o outro tende a se repetir, com um mês de outubro especialmente intenso, marcado por um verdadeiro “vale tudo” político, sobretudo no primeiro turno. Infelizmente, esse clima pode extrapolar o discurso e se manifestar de forma literal em episódios de violência.

Outubro começa com Vênus retrógrado, o que dificulta escolhas em um pleito já naturalmente complexo. Decidir se torna mais desafiador quando Vênus está retrógrado, e a situação se complica ainda mais em possíveis segundos turnos, quando Mercúrio também estará retrógrado, aumentando indecisões e ruídos. Nos primeiros dez dias do mês, forma-se uma quadratura em T envolvendo Marte em Leão em oposição a Plutão em Aquário, ambos em tensão com Vênus e Mercúrio em Escorpião. Esse desenho aponta para bastidores tensos, confrontos diretos, ataques, discussões acaloradas, violência, ruas mais perigosas e polarizações extremas. A energia é quente, emocional e impulsiva.

No dia de um eventual segundo turno para governadores e ou presidente, o Céu ainda estará sob a influência da véspera de uma das Luas Cheias mais difíceis do ano, com Sol, Lua e Vênus em quadratura com Plutão, acentuando divisões e radicalizações. Se não houver cuidado, 2026 pode repetir um padrão já conhecido: famílias, colegas de trabalho e amizades rompendo de forma agressiva por divergências políticas. Para quem não deseja entrar nesse desgaste, o conselho é evitar polemizar e preservar o próprio voto, mesmo diante de provocações. Além disso, o segundo turno com Mercúrio retrógrado pode trazer problemas de comunicação, trânsito e logística eleitoral, exigindo ainda mais atenção e paciência.

Como atravessar 2026 da melhor forma

O convite central de 2026 é claro: finalizar pendências no primeiro semestre e usar esse período como base de preparação. Com Júpiter em Câncer, o foco está em cuidar dos vínculos, fortalecer relações, organizar a vida emocional e estruturar o terreno sobre o qual os próximos passos serão dados. Tudo o que for ajustado, curado ou consolidado nessa fase tende a sustentar escolhas mais ousadas adiante.

A partir de julho, o tom muda. Com Júpiter em Leão, chega a hora de assumir o próprio protagonismo, ocupar espaço e permitir que talentos e projetos ganhem visibilidade. É um chamado para brilhar, expressar criatividade e colocar ideias em movimento, com mais coragem e confiança. O segundo semestre favorece iniciativas autorais e movimentos que pedem presença, autenticidade e liderança.

2026 traz, sim, desafios, tensões e momentos de incerteza, mas também abre caminhos para conquistas, reinvenções e realizações criativas importantes. É um ano que exige ousadia e capacidade de se reinventar, ao mesmo tempo em que pede gestão consciente dos estados mentais e emocionais. Nesse sentido, a Astrologia oferece um apoio valioso, ajudando a compreender o cenário real dos acontecimentos, e não apenas aquele criado por medos, projeções ou fantasias.

O fim do ano tende a exigir mais atenção e cuidado, especialmente por conta das revisões trazidas pela retrogradação de Vênus entre outubro e novembro. Ainda assim, até lá, o convite é fazer os próprios voos acontecerem, assumir riscos calculados e encarar de frente tudo aquilo que precisar ser enfrentado. 2026 pede presença, coragem e disposição para seguir adiante, mesmo em meio às mudanças.

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