A série Bebê Rena se tornou a de maior sucesso em abril/2024 – e não foi por acaso. Além de ser uma ótima série, ela refletiu com exatidão a Lua Cheia de 23/04/24, que, com Plutão na ponta de uma quadratura em T, uma configuração de alta tensão, com este planeta podendo simbolizar questões difíceis, espinhosas, além de processos obsessivos.
Um dia um barman chamado Donny serve, sem cobrar, um chá para uma mulher de 40 e poucos anos, Martha, que diz estar sem dinheiro. Este singelo começo é o início de um processo obsessivo agressivo que vai se tornar um caso de stalking, nome em inglês para perseguição.
Plutonianamente, Bebê Rena aborda temas difíceis, como abuso, rejeição, baixa autoestima, feridas e danos emocionais, e, de quebra, relações como a que Donny e Martha vivem. E, para mim, me fez perguntar quantas relações não são assim, baseadas em carências, ganchos inconscientes, processos obsessivos e destrutivos que ligam duas pessoas.
Quando se está em uma relação deste tipo, muitas vezes se pergunta “por que”, o que se está fazendo nela, já que as perdas vão se mostrar, em algum momento, muito maiores do que os supostos ganhos, e normalmente a resposta está lá no passado, na infância ou em algum acontecimento traumático, como Donny teve.
Não é fácil romper relações plutonianas, que têm um gancho forte. E combinação Netuno/Plutão, que pode ser resumida como “eu não estou vendo o quanto isto está sendo destrutivo para mim”, que está presente em Bebê Rena, é altamente viciante e difícil de romper.
Pense se você já viveu algo que lembra Bebê Rena, já que relações abusivas têm a mesma dinâmica, ou se a série de alguma forma te fez pensar e se você gostou desta análise.
Para quem quiser ir mais a fundo no assunto, deixo também o link de uma análise muito profunda feita por uma psicóloga.